O Mosteiro dos Jerónimos nasceu para receber a comunidade dos frades da Ordem de S. Jerónimo e acabou por tornar-se num dos mais belos e imponentes monumentos da arquitetura manuelina, consagrado a Santa Maria de Belém. A sua construção começou em 1502, na antiga praia do Restelo, por ordem do rei D. Manuel I, e nele estão sepultados alguns reis de Portugal. Para além de D. Manuel I, podes encontrar neste mosteiro os restos mortais de D. Sebastião, D. Maria, D. João III e D. Catarina. No Mosteiro dos Jerónimos podes ainda visitar o Museu Nacional de Arqueologia e parte do Museu da Marinha.
Séculos de construção
O Mosteiro dos Jerónimos nasceu de um plano desenhado pelo arquiteto Boitaca, mas foi sofrendo transformações ao longo do tempo até se transformar no edifício que conhecemos hoje. Para refletir o estilo manuelino, Boitaca usou uma decoração com esferas armilares e outros símbolos reais, mas também cordas, cabos, troncos e raízes.
O edifício foi sofrendo obras ao longo dos vários reinados e a grande remodelação aconteceu depois do terramoto de 1755. Apesar de as partes principais do mosteiro terem sido poupadas – como a igreja, a sua capela-mor e o seu magnífico claustro – a parte conventual dos dormitórios foram seriamente danificados. Houve, então, uma profunda remodelação no século XIX que tentou recuperar o estilo manuelino, conhecido como neo-manuelino.
Os tesouros do Mosteiro

A porta sul dos Jerónimos é um dos tesouros artísticos do mosteiro. Nesta porta podes encontrar imagens da Virgem e também uma estátua do infante D. Henrique.
Outro tesouro importante deste mosteiro é a porta axial, orientada a poente, onde podes encontrar o maior conjunto de esculturas. Para além das imagens religiosas – onde se encontra S. Vicente, o padroeiro de Lisboa – nos lados do portal estão as esculturas em tamanho natural dos patronos deste monumento – D. Manuel I e D. Maria -, ajoelhados e em oração.
O claustro dos Jerónimos é outra dos locais que não podes deixar de visitar neste monumento que foi classificado em 1983, juntamente com a Torre de Belém, como património Mundial pela UNESCO.