Este projecto será uma aplicação de aprendizagem de linguas, com o objectivo de transmitir vocabulário e expressões importantes, bem como, dividido em vários níveis de aprendizagem, estruturas gramaticais, do mais básico para o mais complexo. O utilizador poderá escolher se que língua quer aprender, depois qual o elemento (vocabulário, expressões ou estruturas gramaticais) e por fim qual o nível. Assim, pretende-se a criação de uma plataforma que facilite o acesso às diferentes línguas, apresentando vários níveis de conhecimento para poder formar tanto o utilizador momentâneo/esporádico como o utilizador mais interessado (embora não ensine a língua a fundo) e o público-alvo do mesmo serão pessoas desde a idade jovem até à idade adulta, que viagem bastante (e assim possam recorrer as expressoes mais importantes como “obrigado”, “por favor” ou “onde é o aeroporto?”) ou que se interessem por aprender línguas novas, quer por questões pessoais ou profissionais.

Neste projecto como, aliás, em todos, será de extrema importância a interdisciplinaridade da equipa, pois o projecto requer especialistas de várias áreas, que, ao mesmo tempo, estejam abertos a uma troca de ideias e conhecimentos com os seus parceiros. Assim, é pertinente que haja uma equipa de especialistas em conteúdos, neste caso, línguas, constituída por nativos ou formados nas línguas abrangidas pela aplicação, que conheçam bem as expressões mais características e importantes nessa língua, bem como vocabulário diverso (números, cores, lojas, acções) e ainda as estruturas gramaticais. Será também fulcral existir uma equipa, ou, pelo menos, um elemento formado em educação, que saiba como melhor transmitir algo tão complexo que é uma língua de uma forma simples e fácil de apreender. Em coordenação com estas duas equipas deverá existir a equipa artística, composta por designers mas também especialistas em vídeo, bem como a equipa técnica, que poderá levar a cabo as questões de programação. É de extrema relevância que os conteúdos se apresentem de uma forma atractiva e com uma interface simples de navegar, algo que pede a interligação fluída entre todas as equipas, sendo necessário programar a aplicação, decidir como estará apresentada, quais os elementos visuais, como aparecerá o texto, como representar vários alfabetos (no caso de uma língua, por exemplo, asiática), entre outros elementos. Para além destas equipas, será também necessário convocar uma equipa externa de actores ou especialistas em dobragens para que possam realizar pequenos vídeos onde demonstrem a pronúncia correcta e como se lêem as letras naquela língua. É de salientar a importância de um coordenador que consiga fomentar a interligação entre todas as equipas, pois uma equipa externa pode ter hábitos de trabalho diferentes e ver-se como apenas um elemento necessário para uma etapa. O coordenador deve assim integrar todas as equipas e informá-las acerca dos objectivos e do produto final, bem como potenciar as relações e a abertura entre as várias equipas, para que todos tenham a consciência de que é importante funcionarem como um só e partilharem conhecimentos.

Quanto ao hardware serão necessários computadores com bons para que as equipas possam desenvolver o seu trabalho da melhor forma, uma vez que os programas necessários para desenvolver os vídeos e o webdesign são pesados. Este software poderá passar por programas como Adobe Premiere, Adobe Illustrator ou Aftereffects para a parte artística. Para a parte técnica  os computadores deverão também ser rápidos mas não é necessário que os seus requisitos sejam tão exigentes, uma vez que o software de programação é mais leve. Para além disso serão também necessários equipamentos como câmaras, microfones e auscultadores para filmar os vídeos.

A aplicação deverá ser compatível com o sistema operativo Android e com o iOS, pelo que o trabalho deverá trabalhar as particularidades de ambos simultaneamente, cabendo ao coordenador gerir muito bem as duas partes – será vantajoso, assim, haver um coordenador específico para esta temática, junto da equipa técnica.

Para comunicar o projecto, terá de se ter em conta o público alvo e o suporte onde ele estará disponível. Neste caso, em smartphones, pelo que deve apostar-se numa comunicação below the line, onde a mensagem deve ser conduzida de uma forma mais próxima do público. Tendo em conta que serão em princípio pessoas com interesse na internet e em explorar a mesma, será uma boa estratégia apostar nas relações públicas – com bloggers e figuras conhecidas que utilizem as redes sociais. É um projecto que pode ser explicado bem através destas plataformas comunicacionais, pois dá azo a um cunho mais pessoal (o que explica as situações onde pode ser utilizado) e ainda permite que se coloquem imagens exemplificativas das funcionalidades da aplicação.

Os custos com o projecto vão, sobretudo, para os custos com os recursos humanos, uma vez que é necessário uma grande diversidade de equipas de especialistas nas mais diferentes áreas, incluindo a equipa de actores / especialistas em dobragem (equipas externas). Será também necessário contar com os custos do equipamento – computadores e equipamento de vídeo, possivelmente um estúdio também e ainda as infra-estruturas em que a equipa irá trabalhar. Deve ainda ter-se em conta os gastos com a comunicação bem como com a introdução da aplicação nos sistemas operativos.

Deve ser também organizado, no início do projecto, um cronograma que estabeleça as várias etapas do mesmo, – começando por uma reunião geral para decidir o que é ou não possível de fazer e decidir as linhas-mestres do projecto, continuando por uma divisão do trabalho, como desenvolvimento da estrutura base; realização dos vídeos; captação das dobragens; edição dos mesmos; integração dos elementos. Dentro de cada etapa agendar-se-á também consoante cada língua (dois meses para desenvolver estes elementos relativos a cada língua). É importante fazê-lo para coordenar e organizar as equipas mas também para integrar todas as equipas no projecto final.

 

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